Uma instituição financeira suíça declarou-se culpada e foi condenada por conspirar para ocultar mais de US$ 4 bilhões da Receita Federal americana em pelo menos 475 contas offshore. A admissão de culpa é o resultado de uma investigação de anos conduzida por autoridades dos EUA, que buscavam identificar fraudes e abusos financeiros. Como parte do acordo, o banco pagará mais de US$ 510 milhões em penalidades, restituições e multas, além de ter firmado um acordo de não acusação com o Departamento de Justiça americano.
Entre 2010 e 2021, a instituição colaborou com clientes e funcionários dos EUA para esconder ativos e fundos mantidos em suas contas. Além disso, sua filial em Cingapura manteve, entre 2014 e 2023, contas não declaradas de clientes americanos, com um total de ativos superior a US$ 2 bilhões. As práticas foram descobertas após a fusão com outro banco, que identificou as irregularidades e as reportou voluntariamente às autoridades.
O caso destaca os esforços contínuos das autoridades americanas para combater evasão fiscal e práticas financeiras ilegais. A cooperação entre instituições financeiras e órgãos reguladores foi crucial para revelar os esquemas, demonstrando a complexidade e a escala global dessas operações.