Os três maiores bancos privados do Brasil — Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil — somaram R$ 42,6 bilhões em valor de mercado após a divulgação dos balanços do primeiro trimestre, impulsionados por resultados melhores que o esperado. O Bradesco foi o destaque, com um lucro líquido 8% acima das projeções, levando a upgrades nas recomendações de analistas. Itaú e Santander também reforçaram a confiança do mercado, com perspectivas de melhoria estrutural na rentabilidade, mesmo em um cenário econômico desafiador.
A estratégia seletiva na concessão de crédito, focada em operações com garantias como financiamento de veículos e imóveis, tem protegido os bancos contra inadimplências e sustentado o crescimento das carteiras. Essa abordagem contrasta com a expansão acelerada em produtos de risco, como cartões para baixa renda, adotada no pós-pandemia, que gerou problemas em 2022. Agora, as instituições priorizam clientes resilientes e operações mais seguras, equilibrando rentabilidade e controle de riscos.
Os executivos destacaram que os bancos estão bem posicionados para enfrentar a desaceleração econômica prevista para o segundo semestre. Itaú, por exemplo, investe em seu superapp para integrar clientes e reduzir riscos, enquanto Santander e Bradesco apostam em linhas de crédito colateralizadas. O mercado enxerga nessas medidas um sinal de solidez, refletido nas valorizações recentes e nas revisões positivas das projeções de lucro.