A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) manifestou preocupação com propostas que sugerem elevar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro como forma de compensar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais. Durante reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, argumentou que a medida poderia aumentar o custo do crédito, indo contra os esforços do Poder Público para reduzir os juros. Ele destacou que há alternativas para a compensação sem onerar empréstimos para famílias e empresas.
O encontro contou com a participação de representantes de todos os bancos associados à Febraban, incluindo o presidente do Conselho de Administração do Bradesco. Foram discutidos temas como a dinâmica do mercado de crédito, os custos da intermediação financeira e medidas para reduzir os spreads bancários. O presidente da Câmara sugeriu que o setor envie propostas alternativas à comissão que analisa o projeto, liderada pelo deputado Arthur Lira.
A Febraban reforçou que não se opõe à compensação da isenção, mas defende que ela seja feita sem impactar a rentabilidade do setor ou elevar os juros. Isaac Sidney afirmou que o diálogo foi produtivo e que a entidade buscará soluções que equilibrem os interesses do governo e do mercado financeiro, mantendo o foco na redução do custo do crédito.