A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) defendeu ao presidente da Câmara dos Deputados que a compensação pela isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5.000 mensais não seja feita por meio do aumento de tributos sobre o setor financeiro. Isaac Sidney, presidente da entidade, argumentou que medidas como a elevação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) poderiam prejudicar a redução do custo do crédito, objetivo prioritário do governo. Ele destacou que há outras formas de compensação que não onerariam os empréstimos, embora não tenha detalhado propostas concretas.
Durante reunião do conselho diretor da Febraban, que contou com a presença de representantes de todos os bancos associados, foram discutidos temas como o mercado de crédito, os custos da intermediação financeira e possíveis medidas para reduzir as taxas de juros. O presidente da Câmara sugeriu que o setor envie alternativas à comissão que analisa o projeto, liderada pelo deputado Arthur Lira. O encontro foi considerado produtivo, com foco em soluções que beneficiem tanto famílias quanto empresas.
A Febraban, presidida por Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, reforçou seu posicionamento contra qualquer medida que possa aumentar o spread bancário ou os juros, mantendo o diálogo com o Poder Público. A entidade busca equilibrar a necessidade de compensação fiscal com a manutenção de crédito acessível, sem afetar diretamente a rentabilidade dos bancos. O debate segue em aberto, com expectativa de novas propostas serem apresentadas em breve.