As ações do Banco do Brasil (BBAS3) registraram queda significativa após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025, que ficaram abaixo das expectativas do mercado. O lucro de R$ 7,3 bilhões, somado à suspensão de projeções importantes, levou a uma desvalorização de 12,69% em um único dia, preocupando acionistas. Analistas destacam que o desempenho fraco foi influenciado pelo aumento da inadimplência, principalmente no agronegócio, e por regras contábeis mais restritas, pressionando o custo de crédito e reduzindo o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE).
Diversas instituições financeiras revisaram suas recomendações para BBAS3, com algumas optando por rebaixar a classificação de “compra” para “neutro”. O Goldman Sachs, por exemplo, reduziu o preço-alvo de R$ 29 para R$ 25, mantendo uma postura cautelosa. A Nord Research, embora reconheça o potencial de longo prazo do banco, apontou preocupações com os múltiplos elevados das ações e preferiu recomendar o Itaú (ITUB3) como alternativa mais atraente no curto prazo.
Apesar do cenário desafiador, a gestão do Banco do Brasil expressou confiança na recuperação, destacando o crescimento da carteira de crédito como principal motor para mitigar os impactos negativos. No entanto, analistas do BTG Pactual alertam que a situação pode piorar antes de melhorar, sugerindo cautela aos investidores. Com seis casas de análise ainda recomendando compra, quatro manutenção e uma venda, o mercado segue dividido sobre o futuro do ativo no médio prazo.