O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou nesta segunda-feira, 19, que a autoridade monetária manteve seu compromisso com a meta de inflação durante o ciclo de aperto monetário iniciado em setembro. Em evento organizado pelo Goldman Sachs, em São Paulo, ele afirmou que o BC continuará usando os instrumentos disponíveis para perseguir o alvo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Galípolo reforçou que não há flexibilização no Comitê de Política Monetária (Copom) em relação ao cumprimento da meta, cujo horizonte atual é o último trimestre de 2025.
O banqueiro central também negou a existência de discussões no Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre possíveis alterações na meta de inflação, que atualmente tem centro em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. “Sem discussão. Isso não é um tema que está sendo discutido. Zero”, afirmou Galípolo, descartando qualquer abertura para mudanças que pudessem facilitar cortes na taxa de juros.
A declaração reforça o posicionamento do BC em manter o foco no controle da inflação, sem concessões a pressões externas. O tom firme sugere que a autoridade monetária pretende manter sua política atual, alinhada com o objetivo de estabilidade econômica, mesmo diante de expectativas do mercado por possíveis ajustes.