A Bahia se destaca como o maior produtor de café do Nordeste e o quarto do Brasil, impulsionada por sua diversidade climática, investimentos em tecnologia e práticas sustentáveis. Com uma área de 133 mil hectares dedicados à cafeicultura, o estado prevê uma safra de 265.920 toneladas em 2024, representando 8,2% da produção nacional. A exportação do grão já injetou US$ 294 milhões na economia baiana no ano passado, reforçando sua relevância para o agronegócio regional.
A produção é marcada pelos grãos arábica e conilon, cultivados em três polos distintos: cerrado, planalto e atlântico. O arábica, especialmente da Chapada Diamantina, é reconhecido por sua qualidade superior, com notas sensoriais complexas e Indicação Geográfica. Já o conilon, predominante no sudoeste e sul do estado, é essencial para blends e cafés expresso. Produtores têm investido em técnicas aprimoradas de plantio, colheita e pós-colheita para garantir padrões elevados, como secagem controlada e uso de insumos biológicos.
A migração para cafés especiais e a adoção de certificações sustentáveis têm sido tendências entre os produtores baianos. Histórias como a de agricultores que conquistaram prêmios nacionais ilustram a evolução do setor, aliando tradição familiar à inovação. Com foco em sustentabilidade e valor agregado, a Bahia consolida sua reputação como um hub de café de qualidade, gerando empregos e movimentando a economia local.