A Azul registrou um lucro líquido de R$ 1,65 bilhão no primeiro trimestre de 2025, revertendo um prejuízo de R$ 1,05 bilhão no mesmo período de 2024. Com uma margem de lucro líquido de 30,7%, a empresa superou concorrentes como Gol e Latam, além de outras companhias internacionais. Apesar do desempenho positivo, a Azul busca uma linha de crédito com apoio do governo federal, utilizando recursos do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), que pode chegar a R$ 2 bilhões.
A receita líquida da companhia subiu 15,3% no trimestre, atingindo R$ 5,39 bilhões, enquanto a dívida bruta cresceu 42,2% em relação ao ano anterior, chegando a R$ 34,66 bilhões. O CEO John Rodgerson destacou a demanda robusta e o transporte de quase 8 milhões de passageiros, um aumento de 10% em comparação com 2024. No entanto, fatores como a desvalorização do real, a inflação e o aumento nos preços dos combustíveis impactaram os resultados operacionais.
Apesar dos desafios, a Azul mantém uma posição forte no mercado, operando mais de 900 voos diários para mais de 160 destinos, com presença exclusiva em cerca de 80% de suas rotas. O BTG ressaltou o bom desempenho operacional da empresa, enquanto a administração reforçou o compromisso com a redução da dívida e a otimização de custos. O governo avalia medidas para apoiar o setor, com foco especial na Azul, que enfrenta dificuldades na renegociação de suas obrigações financeiras.