Na última quinta-feira (22), o governo elevou o IOF para operações de crédito empresarial e remessas internacionais, alegando a necessidade de padronização das alíquotas. No entanto, o mercado financeiro interpretou a medida como uma tentativa de aumentar a arrecadação e conter a saída de divisas do país. A decisão gerou reações negativas, com alta do dólar e queda da bolsa, levando o governo a recuar parcialmente no dia seguinte, reduzindo a tributação para fundos de investimento no exterior.
Apesar do recuo em algumas áreas, os aumentos do IOF para crédito empresarial e outras modalidades de remessa continuam valendo. A medida pode resultar em repasses de custos para preços de bens e serviços, além de impactar a atividade econômica. Analistas veem a ação como mais um sinal da falta de um projeto econômico claro, priorizando objetivos eleitorais em vez de um planejamento sustentável.
A situação expõe a tendência do governo de ajustar as contas públicas por meio de aumento de tributos, em vez de reformas estruturais. A intervenção no fluxo de capitais também levanta preocupações sobre possíveis controles mais rígidos no futuro, afetando a confiança dos investidores e a competitividade do país no cenário internacional.