O líder do governo no Senado afirmou que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) afetaria apenas pessoas jurídicas, mas especialistas apontam que medidas anunciadas pelo governo também atingem pessoas físicas. Entre as mudanças estão a majoração de taxas em compras com cartões internacionais, envio de dinheiro para o exterior e compra de moeda estrangeira em espécie. Turistas brasileiros, por exemplo, pagarão mais para adquirir dólares ou euros, com alíquotas que subiram de 1,1% para 3,5%.
Além do impacto direto, a alta do IOF pode pressionar indiretamente os preços no varejo e a inflação. O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) alertou que o aumento do imposto elevará os custos de operações essenciais para capital de giro, afetando principalmente pequenas e médias empresas. Com isso, os preços das mercadorias podem subir, impactando a atividade econômica e o emprego.
O debate sobre a medida divide opiniões, com defensores argumentando que a taxação do setor financeiro promove justiça tributária, enquanto críticos veem riscos para a economia. O governo busca cumprir metas fiscais, mas a decisão enfrenta resistência no Congresso e no setor privado, que teme efeitos negativos no consumo e na produção. A discussão reflete os desafios de equilibrar arrecadação e crescimento econômico.