Em apenas quatro meses, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul registrou 654 chamados para remoção de enxames de abelhas, número que representa 65% do total de 2024. O estado já igualou a quantidade de ataques ocorridos no ano passado, com cinco incidentes registrados em 2025. Segundo especialistas, a primavera e o verão são as estações com maior ocorrência, devido ao período de reprodução e formação de novas colônias, enquanto no outono e inverno os ataques são mais raros e geralmente associados à sensação de ameaça por parte das abelhas já estabelecidas.
O coordenador do Laboratório de Abelhas e Polinização da UFRGS explica que os insetos costumam dar sinais antes de atacar, como voos rápidos próximos ao rosto. A proximidade com a colmeia é o principal fator desencadeador de ataques, que podem se tornar massivos após uma primeira ferroada, devido à liberação de feromônios de alerta. A orientação é evitar aproximação e, em caso de enxames em áreas de risco, solicitar remoção profissional.
Em situações de ataque, recomenda-se afastar-se imediatamente, buscar abrigo em locais fechados e proteger rosto e pescoço. A remoção cuidadosa dos ferrões e a busca por atendimento médico são essenciais, especialmente em casos de múltiplas picadas ou reações alérgicas. Embora a maioria dos ataques não seja fatal, o choque anafilático representa o maior risco. Um soro antiapílico está em desenvolvimento para melhorar o tratamento no futuro. Em caso de emergência, a população deve acionar o Corpo de Bombeiros pelo número 193.