Nos últimos anos, uma atriz brasileira tornou-se símbolo da discussão sobre o chamado “corpo real”, embora ela própria critique o termo por considerar que todos os corpos são válidos. Em entrevista, ela relembrou como, no passado, internalizou críticas sobre sua aparência, acreditando que estava errada por não se encaixar em padrões. A influência de comentários nas redes sociais e a cobrança por mudanças físicas para certos papéis a levaram a questionar essas imposições, até perceber que o problema não era ela, mas sim uma estrutura que pressiona as mulheres a se moldarem a expectativas irreais.
Aos poucos, ela desconstruiu essa mentalidade e passou a enxergar sua beleza como legítima, além de ampliar seu olhar para outras formas de existência feminina. O incômodo com perguntas recorrentes sobre emagrecimento a fez entender que estava sendo colocada em um lugar que não a representava. “Percebi que estavam me empurrando para um lugar que não me cabia”, afirmou, destacando como muitas mulheres vivem situações semelhantes.
Sua jornada de autoaceitação a levou a defender não só o direito de existir como é, mas também de celebrar a diversidade de corpos e belezas ao seu redor. “O que eu luto hoje é basicamente pra existir e querer que as pessoas existam à minha volta”, concluiu, reforçando a importância de resistir a padrões opressivos e abraçar a pluralidade.