Scarlett Johansson estreia como diretora com “Eleanor the Great”, um filme que explora a passagem do tempo e a importância de preservar histórias. Em entrevista no Festival de Cannes, a atriz e agora cineasta discutiu como o longa aborda o medo do desaparecimento, tanto pessoal quanto das narrativas históricas, como o Holocausto. A protagonista, interpretada pela veterana June Squibb, de 95 anos, vive uma idosa que se apropria da história de uma amiga falecida, gerando uma série de mal-entendidos emocionais.
Johansson destacou a colaboração com Squibb, elogiando sua precisão e experiência, enquanto a atriz mais jovem do elenco, Erin Kellyman, ressaltou a direção atenciosa da estreante. O filme, com estilo independente, contrasta com os blockbusters que marcaram a carreira de Johansson, mostrando sua versatilidade. A diretora também refletiu sobre a responsabilidade de contar histórias que, de outra forma, poderiam ser esquecidas.
Com uma narrativa que mistura drama pessoal e questões universais, “Eleanor the Great” surge como uma reflexão sobre memória, legado e a arte de narrar. Squibb, que começou sua carreira no cinema aos 61 anos, brincou sobre suas aspirações ao Oscar, enquanto Johansson revelou como a experiência acumulada em frente e atrás das câmeras a inspirou a dirigir. O filme promete gerar discussões sobre quem tem o direito de contar certas histórias e o que acontece quando elas se perdem no tempo.