Bebês reborn, bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos com detalhes como marcas de vacina, veias aparentes e cabelo implantado fio a fio, estão ganhando destaque no mercado artesanal. Produzidos por artesãs baianas, como Célia Rosa e Renata Magalhães, cada peça leva até duas semanas para ser finalizada e pode custar mais de R$ 2 mil. Os bonecos são personalizados conforme pedido dos clientes, incluindo tonalidade de pele, tipo de cabelo e até marcas de nascença, sendo vendidos com acessórios como enxoval, certidão de nascimento e cartão de vacinação.
A produção envolve etapas minuciosas, desde a pintura manual até a selagem em forno para garantir durabilidade. Renata, que antes trabalhava em um escritório de advocacia, entrou no ramo após não conseguir comprar uma segunda boneca para a filha. Já Célia descobriu a técnica durante a pandemia, vendo nela uma oportunidade de renda. Ambas destacam que, apesar do crescimento do interesse nas redes sociais, as vendas ainda não acompanharam a repercussão.
Enquanto isso, a artesã Rosana Mascarenhas, de Salvador, viu suas vendas aumentarem graças a conteúdos virais no TikTok, onde tem 200 mil seguidores. Ela começou como colecionadora antes de produzir suas próprias peças e hoje usa trends e humor para atrair o público infantil. O fenômeno dos bebês reborn, além de ser uma opção de presente, também se tornou uma forma de empreendedorismo criativo para muitas artesãs no Brasil.