O governo argentino reafirmou nesta terça-feira sua decisão de deixar a Organização Mundial da Saúde (OMS), criticando a entidade por supostamente priorizar interesses políticos e burocráticos em vez de bases científicas. A medida, inicialmente anunciada em fevereiro pelo presidente Javier Milei, segue um caminho similar ao que foi proposto anteriormente pelos Estados Unidos. Em comunicado, a Argentina afirmou que a OMS falhou em revisar seus erros durante a pandemia de covid-19, classificando sua gestão como ineficaz.
Durante a visita do secretário de Saúde norte-americano a Buenos Aires, as duas nações discutiram uma agenda colaborativa focada em transparência, prevenção e eficiência nos sistemas de saúde. O ministro da Saúde argentino destacou a convergência de visões entre os países, enquanto o representante dos EUA incentivou outras nações a abandonarem a OMS e buscarem alternativas, alegando que a organização está sob influência externa e não atende mais aos seus propósitos originais.
Paralelamente, o governo argentino anunciou uma revisão estrutural de suas agências nacionais de saúde, com o objetivo de modernizar e aumentar a transparência do setor. A iniciativa busca corrigir problemas históricos, como sobreposição de funções e normas obsoletas, que prejudicaram a eficácia do sistema. A decisão de deixar a OMS marca um alinhamento mais estreito com os EUA em políticas sanitárias, refletindo uma mudança na estratégia global de saúde do país.