O Ministério da Saúde da Argentina oficializou nesta segunda-feira (26) a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão, tomada durante a visita de um representante do governo dos Estados Unidos, reflete uma mudança na política sanitária argentina, alinhando-se a críticas sobre a atuação de organismos internacionais. Em nota, o ministério acusou a OMS de priorizar interesses políticos em vez de científicos e de interferir na soberania dos países, defendendo uma revisão do papel das organizações supranacionais.
Entre as medidas anunciadas está a exigência de que vacinas, incluindo as contra a Covid-19, passem por estudos clínicos mais rigorosos, com uso de placebo como padrão mínimo. O governo destacou que a revisão busca fortalecer a confiança pública com base em evidências verificáveis, mas afirmou que campanhas consolidadas, como as de vacinação contra o sarampo, serão mantidas e ampliadas. Além disso, o país planeja restringir aditivos sintéticos em alimentos industrializados, especialmente os direcionados ao público infantil, visando reduzir riscos associados a doenças crônicas.
A saída da OMS, já antecipada em fevereiro, segue o caminho adotado pelos Estados Unidos e marca uma guinada nas políticas de saúde argentinas. O governo aposta em maior autonomia e na revisão de protocolos que antes seguiam diretrizes da organização internacional, em um movimento que promete gerar debates sobre o futuro da saúde pública no país.