O Ministério da Saúde da Argentina anunciou, nesta segunda-feira (26), uma série de mudanças em suas políticas de saúde pública, com o objetivo de priorizar evidências científicas e a sustentabilidade do sistema. Entre as medidas, estão a revisão estrutural dos órgãos de saúde, a restrição de aditivos sintéticos em alimentos e a exigência de estudos clínicos com grupo placebo para vacinas, incluindo as usadas contra a COVID-19. O governo justificou as alterações como necessárias para transicionar de um modelo focado em tratar doenças para um que priorize a prevenção e a segurança dos pacientes.
Além disso, a Argentina reafirmou sua decisão de deixar a Organização Mundial da Saúde (OMS), seguindo os passos dos Estados Unidos. O governo argumentou que a OMS atua com base em interesses políticos e estruturas burocráticas, em vez de ciência, e destacou os custos elevados de permanência no organismo. A saída ocorre em um contexto de alinhamento com políticas internacionais conservadoras, refletindo a postura adotada desde a mudança de governo em dezembro de 2023.
As medidas geraram debates sobre os impactos da saída da OMS, tanto para a população quanto para a ciência. Enquanto o governo defende maior autonomia e eficiência, especialistas alertam para riscos como o isolamento em crises sanitárias globais. A revisão das políticas de saúde e a ruptura com a OMS marcam uma nova fase na abordagem argentina em relação à saúde pública, com ênfase em transparência e evidências, mas também cercada de incertezas.