Líderes árabes reunidos em Bagdá durante uma cúpula anual exigiram o fim imediato dos ataques de Israel à Faixa de Gaza e a permissão para a entrada de ajuda humanitária nos territórios palestinos. Em uma declaração final, os participantes do encontro, incluindo representantes de países como Catar e Egito, rejeitaram qualquer tentativa de deslocamento forçado de palestinos, classificando-a como um crime contra a humanidade. Eles também apoiaram a proposta de uma conferência internacional de paz para avançar em uma solução de dois Estados, conforme defendido pelo presidente palestino.
Os líderes reforçaram o compromisso de contribuir para a reconstrução de Gaza assim que o conflito terminar, ecoando um plano endossado pela Liga Árabe em março. O presidente egípcio destacou que a normalização de relações entre Israel e os Estados árabes não garantirá paz duradoura sem a criação de um Estado palestino, alinhado às resoluções internacionais. Participantes como o primeiro-ministro espanhol e o secretário-geral da ONU também pediram a libertação de reféns e o aumento da ajuda humanitária, rejeitando medidas que agravem o sofrimento civil.
O encontro ocorre em meio a uma escalada de violência após o fim do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, com ataques intensificados nos últimos dias. Enquanto os líderes árabes pressionam por um acordo de paz, a situação humanitária em Gaza continua crítica, com milhões de civis enfrentando escassez de recursos. A cúpula reforçou a urgência de uma solução diplomática, evitando ações unilaterais que possam prolongar o conflito.