Aposentados em todo o Brasil têm relatado descontos automáticos não autorizados em suas contas bancárias, realizados por empresas terceirizadas sem seu consentimento. Diferentemente do recente escândalo de fraudes no INSS, esses débitos ocorrem após o depósito dos benefícios, com valores variando entre R$ 30 e R$ 90 mensais. Empresas como Paulista Serviços e Aspecir, alvos de milhares de ações judiciais, afirmam que as cobranças são autorizadas, mas muitos beneficiários negam qualquer contrato ou conhecimento prévio.
As empresas envolvidas alegam que as adesões são formalizadas por documentos ou gravações telefônicas, mas frequentemente não apresentam provas quando questionadas na Justiça. Em alguns casos, os extratos bancários omitem o nome da empresa real por trás do serviço, dificultando a identificação do credor. O Ministério Público de São Paulo já investiga as práticas, enquanto bancos afirmam seguir normas do Banco Central e bloquear débitos futuros após reclamações.
Sentenças judiciais têm determinado o ressarcimento dos valores debitados, além de indenizações por danos morais. No entanto, muitos processos ainda estão em andamento, e os afetados enfrentam dificuldades para cancelar os descontos. A situação levou a alertas para que aposentados monitorem suas contas regularmente e busquem orientação jurídica em caso de irregularidades.