Um aposentado de 78 anos, residente na Serra, região metropolitana de Vitória, dedica-se à criação de abelhas nativas sem ferrão em seu quintal. Com 49 colmeias abrigando quatro espécies diferentes, ele trata os insetos como companheiros, integrando-os à sua rotina diária. Sua paixão pela meliponicultura começou na juventude, em Minas Gerais, e foi retomada há sete anos, mostrando que a adaptação à vida urbana é possível com cuidados e respeito ao espaço das abelhas.
Além de produzir própolis e vender colmeias dentro dos limites legais, o aposentado enxerga sua criação como uma forma de contribuir para a preservação ambiental. Abelhas sem ferrão, como as que ele cultiva, são essenciais para a polinização de plantas, impactando diretamente a produção de alimentos e a biodiversidade. Karina Nolasco, presidente do Instituto Brasileiro de Apoio ao Desenvolvimento Social e Econômico (IBA), reforça a importância desses polinizadores e destaca iniciativas de educação ambiental, como parcerias com escolas e meliponários em espaços públicos.
No Espírito Santo, a criação de abelhas sem ferrão é regulamentada por lei, permitindo até 49 colmeias sem autorização especial. O Parque Botânico de Vitória, por exemplo, abriga um meliponário com 14 colmeias, aproximando visitantes da natureza. Para quem deseja iniciar na atividade, o IBA oferece orientações, desde que haja quintais arborizados ou proximidade com áreas verdes. A iniciativa do aposentado e de outras instituições mostra como pequenas ações podem promover um futuro mais sustentável.