Um aposentado de 78 anos, residente na Serra, região metropolitana do Espírito Santo, dedica-se à criação de abelhas nativas sem ferrão em seu quintal. Com 49 colmeias e mais de 40 mil abelhas de quatro espécies diferentes, ele trata os insetos como companheiros, integrando-os à sua rotina diária. Sua paixão começou na juventude, em Minas Gerais, e foi retomada há sete anos, mostrando que a adaptação à vida urbana é possível com cuidados e respeito ao espaço das abelhas.
Além de produzir própolis e vender colmeias dentro dos limites legais, o aposentado enxerga sua criação como uma forma de contribuir para a preservação ambiental. Abelhas sem ferrão, como as do gênero meliponídeo, são fundamentais para a polinização de plantas, impactando diretamente a produção de alimentos e a biodiversidade. Especialistas destacam que a criação urbana responsável, seguindo as normas estaduais, é uma maneira eficaz de proteger esses polinizadores.
Iniciativas educativas, como a parceria entre o Instituto Brasileiro de Apoio ao Desenvolvimento Social e Econômico (IBA) e a Escola de Aprendizes-Marinheiros do Espírito Santo, promovem a conscientização sobre a importância das abelhas. Locais como o Parque Botânico de Jardim Camburi também oferecem meliponários autoguiados, aproximando o público da natureza. Para quem deseja começar a criação, o IBA fornece orientações, lembrando que a legislação capixaba permite até 49 colmeias sem autorização especial.