A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) decidiu suspender temporariamente o projeto que previa a criação de um novo tipo de plano de saúde, com cobertura reduzida e custo mais acessível. Em reunião realizada na sexta-feira (23.mai.2025), a diretoria da agência concluiu que a proposta necessita de aprofundamento técnico. Para isso, será formada uma câmara técnica para ampliar os estudos e o debate sobre o tema, que também depende de aval do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para ser implementado.
O plano, voltado principalmente para pessoas físicas, seria testado por dois anos em um sandbox regulatório, ambiente controlado para experimentação. A proposta prevê cobertura apenas para consultas eletivas e exames listados no rol da ANS, excluindo atendimentos de urgência, internações e terapias. A agência ainda não estimou valores, mas usou como referência os planos ambulatoriais mais baratos, que custavam em média R$ 360 no primeiro semestre de 2024.
A iniciativa tem como objetivo ampliar o acesso a cuidados básicos pelo setor suplementar e reduzir a demanda por serviços simples no SUS. No entanto, o projeto enfrenta críticas do setor. Se aprovado, o plano seria oferecido na modalidade coletiva por adesão, com coparticipação de 30% e um sistema de bonificação para beneficiários que aderirem a programas de cuidado. A ANS reforça que os estudos estão em fase inicial e que a proposta ainda passará por ajustes.