Um homem foi indiciado por homicídio culposo após a morte de um influenciador que sofreu uma parada cardiorrespiratória durante a aplicação de anestesia geral para uma tatuagem em Itapema, Santa Catarina. O caso, ocorrido em janeiro, teve o inquérito concluído nesta semana e encaminhado ao Ministério Público. A vítima, que tinha hipertrofia no coração, não chegou a ser tatuada, pois o incidente aconteceu no início do procedimento anestésico.
A investigação apontou que o anestesista contratado pelo estúdio de tatuagem seguiu os protocolos, mas a relação risco-benefício do uso de anestesia geral para o procedimento está em análise. O hospital envolvido afirmou que apenas cedeu a estrutura, sem participação direta no caso. A família confirmou que o influenciador fazia uso de anabolizantes, embora o laudo pericial não mencione essas substâncias como causa direta da morte.
O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina destacou que não há proibição explícita para anestesia em tatuagens, mas reforçou a necessidade de avaliação criteriosa. O estúdio de tatuagem lamentou o ocorrido e afirmou que todos os exames prévios foram realizados, sem indicativos de risco. O caso agora aguarda decisão do MPSC sobre a denúncia contra o anestesista.