Em 2021, um garoto encontrou uma pedra incomum durante um passeio em uma praia de Sussex, na Inglaterra. A peça ficou esquecida em casa por três anos até que sua mãe, ao redescobri-la, enviou uma foto para um arqueólogo local. A análise revelou tratar-se de um raro machado de mão neandertal, datado de aproximadamente 50 mil anos, pertencente à cultura musteriense. O artefato, de tamanho reduzido e com marcas de uso doméstico, como a extração de medula óssea, destaca-se pela sua preservação e pela escassez de objetos similares na região.
A origem exata do machado ainda é incerta, mas acredita-se que as correntes marítimas o tenham levado até a praia de Shoreham, onde foi encontrado. O bom estado de conservação sugere que o artefato foi transportado naturalmente, e sua descoberta sobre uma camada de cascalho dificulta a determinação do local original onde foi utilizado. Essa incógnita aumenta o interesse arqueológico em torno da peça, que agora está em exibição temporária em um museu local.
A descoberta foi celebrada por especialistas, que destacaram a raridade e o valor histórico do objeto. A mãe do jovem responsável pelo achado expressou emoção ao ver o entusiasmo dos pesquisadores e espera que a peça inspire outros a se interessarem pela pré-história. O caso serve como um lembrete de que grandes descobertas podem surgir de maneira inesperada, mesmo em contextos cotidianos.