O JPMorgan mantém sua recomendação “overweight” para as ações da JBS (JBSS3), com preço-alvo de R$ 52, destacando potencial de valorização apesar da recente pressão no mercado. O banco aponta que a empresa tem sólido momentum de lucros, com exceção do segmento de carne bovina, e acredita que a possível listagem nos EUA pode impulsionar reclassificações, já que as ações estão negociadas a preços baixos comparados aos pares norte-americanos. No entanto, o desempenho recente ficou abaixo do Ibovespa, influenciado por relatórios de consultorias que levantaram preocupações sobre governança na proposta de listagem dupla.
Diante do risco de os acionistas rejeitarem a listagem na assembleia de 23 de maio, o JPMorgan sugere uma estratégia de proteção por meio de opções. A recomendação inclui a compra de puts com vencimento em 30 de maio, que poderiam ser financiadas pela venda de calls fora do dinheiro. Caso a proposta seja reprovada, há risco de as ações retornarem aos patamares pré-anúncio, mas, se aprovada, a valorização deve ser moderada, justificando a venda de calls para limitar ganhos no curto prazo.
O banco também revisou suas projeções, reduzindo levemente a estimativa de Ebitda para 2025, agora em R$ 38,4 bilhões, ainda acima do consenso. Para o mesmo ano, projeta um Fluxo de Caixa Livre para o Patrimônio Líquido (FCFE) de R$ 9,8 bilhões, com rendimento de 11,2%. Enquanto isso, outras instituições, como o Goldman Sachs, veem a queda recente como oportunidade de entrada, indicando divergências de visão entre os analistas.