A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) anunciou a abertura de debates públicos para revisar as normas sobre drones no Brasil. O diretor-presidente-substituto da agência, Roberto Honorato, destacou que a mudança é “bastante esperada” e incluirá a análise de regulamentos internacionais. O anúncio foi feito durante audiência conjunta nas comissões de Indústria, Comércio e Serviços e de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, com apoio da Anatel e do Decea, que reforçou a necessidade de garantir a segurança aérea.
O mercado de drones no Brasil é o segundo maior das Américas, atrás apenas dos EUA, com faturamento anual de US$ 373 milhões. Parlamentares e especialistas apontam um potencial de crescimento de 25% ao ano, destacando aplicações em setores como delivery, agropecuária e segurança pública. A ABDrone (Associação Brasileira das Empresas de Drone) defendeu incentivos governamentais, argumentando que o setor pode se tornar um dos maiores geradores de emprego e renda na próxima década.
Apesar dos avanços, o uso irregular de drones para atividades ilícitas também foi mencionado, sem detalhar casos específicos. Atualmente, a Anac registra cerca de 150 mil drones, sendo 50 mil recreativos, mas estima-se que o total no país chegue a 500 mil. A modernização das regras busca equilibrar o desenvolvimento do setor com a segurança e o controle do espaço aéreo.