Ambulantes que vendiam alimentos e bebidas em frente ao Pronto-Socorro de Rio Branco foram retirados do local nesta quinta-feira (1º) por equipes da prefeitura. A ação seguiu uma determinação do Ministério Público do Acre (MP-AC), atendendo a uma solicitação da direção do hospital, que alegou riscos à saúde pública devido à proximidade com pacientes imunossuprimidos. A operação contou com o apoio da Polícia Militar e foi baseada em uma lei municipal de 2017 que proíbe o comércio ambulante a menos de 100 metros de unidades de saúde.
A prefeitura afirmou que a medida não foi tomada de forma abrupta, mas após oito anos de diálogo com os comerciantes, buscando alternativas para realocá-los. Embora a gestão municipal tenha mencionado a intenção de oferecer um novo espaço adequado para os ambulantes, não detalhou se o local já está disponível ou onde seria. A nota oficial destacou o compromisso com soluções que equilibrem a legalidade, a saúde pública e o sustento dos trabalhadores informais.
A decisão reflete um conflito entre a aplicação da legislação urbana e a realidade econômica de vendedores autônomos, que dependem do fluxo de acompanhantes e pacientes para seu sustento. A prefeitura reforçou que a ação foi conduzida com “cuidado e sensibilidade”, mas a falta de um plano imediato para os ambulantes removidos pode gerar questionamentos sobre o impacto social da medida.