A Aliança Democrática (AD), coligação de centro-direita liderada pelo primeiro-ministro interino Luís Montenegro, deve vencer as eleições legislativas em Portugal, segundo pesquisas de boca de urna. Com 31,5% dos votos, o partido superou o Partido Socialista (PS), que ficou em segundo lugar com 23,5%, e o Chega, de extrema-direita, que obteve 22%. A disputa foi acirrada, com a AD mantendo uma pequena vantagem, mas sem alcançar maioria absoluta no Parlamento.
O sistema político português, semipresidencialista, difere do brasileiro, com eleitores votando em partidos, não em candidatos individuais. A AD, que já governava o país, perdeu um voto de confiança no Parlamento em março, levando a novas eleições. Enquanto isso, o PS, principal força de centro-esquerda, busca se reerguer após a renúncia do ex-premiê António Costa, envolvido em investigações não comprovadas. Ambos os partidos têm histórico de gestão econômica responsável, elogiada pela União Europeia.
O Chega, partido antiestablishment fundado em 2019, consolidou-se como terceira força política, defendendo políticas duras contra imigração e corrupção. A recusa da AD em negociar com o partido pode dificultar a formação de um governo estável. Esta é a terceira eleição em pouco mais de três anos, refletindo a instabilidade política recente em Portugal.