A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou um reajuste de 5% nos salários do governador, vice-governador e secretários de Estado, elevando o teto do funcionalismo público. Com a mudança, o governador passará a receber R$ 36,3 mil mensais, enquanto o impacto financeiro total estimado é de R$ 18 milhões por mês, somando R$ 230 milhões anuais quando incluídos reflexos em aposentadorias e pensões. O ajuste, inicialmente proposto em 9,68%, foi reduzido para alinhar-se ao aumento concedido a outros servidores, que teve um custo de R$ 2,4 bilhões em 2026.
A medida também beneficia servidores que recebem auxílios e benefícios acima do teto, reduzindo o desconto aplicado sobre excedentes. Além disso, foi aprovado um aumento de 10% no abono complementar para garantir que salários não fiquem abaixo do piso estadual, beneficiando 91 mil funcionários. A oposição criticou a decisão, argumentando que o uso do abono não incorpora valores à previdência, enquanto o governo destacou a necessidade de reter profissionais qualificados.
Os reajustes, que não são retroativos, entram em vigor após sanção do governador. A proposta foi aprovada em votação simbólica, com apoio da base governista e da oposição, exceto pelo PSOL. O último aumento salarial para o primeiro escalão havia ocorrido em 2022, com um índice de 50%, elevando significativamente os vencimentos na época.