O advogado-geral da União solicitou à Polícia Federal a abertura de uma investigação para apurar um caso de discriminação racial envolvendo uma ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O episódio ocorreu durante um seminário sobre gestão pública, quando a ministra foi impedida de entrar no auditório, mesmo após apresentar sua identificação funcional, e ainda sofreu tratamento desrespeitoso. A situação só foi resolvida após intervenção direta da própria ministra.
O evento, organizado pela Comissão de Ética Pública em parceria com a AGU, ocorreu em um prédio de acesso controlado por funcionários terceirizados. No documento enviado à PF, o advogado-geral destacou a urgência na apuração dos fatos e reforçou o compromisso da AGU no combate a todas as formas de discriminação, em especial o racismo estrutural presente em instituições brasileiras.
A presidente do TSE já havia denunciado o ocorrido, que ganhou repercussão nacional. O caso levanta questões sobre a eficácia dos protocolos de segurança e a necessidade de maior conscientização contra o preconceito racial em ambientes institucionais. A investigação deve identificar os responsáveis e determinar as medidas legais cabíveis.