Nos últimos 10 anos, 829 famílias entraram na fila de adoção em Campinas (SP), mas os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelam uma queda acentuada a partir de 2020, após a pandemia de Covid-19. O ano de 2019 registrou o maior número de cadastros (104 famílias), seguido por uma redução de 46,1% em 2020. Embora tenha havido uma recuperação parcial entre 2020 e 2022, os números voltaram a cair a partir de 2023, chegando a apenas 57 novos pretendentes em 2024. Especialistas atribuem o declínio à insegurança econômica, à redução da taxa de natalidade e a mudanças sociais, como o desinteresse crescente em ter filhos.
Text: Apesar da diminuição no número de candidatos, muitas famílias ainda aguardam na fila, como um casal que espera desde 2020. Relatos destacam os desafios emocionais e o preconceito enfrentado por quem opta pela adoção. Por outro lado, histórias como a de uma professora que esperou 11 anos para adotar sua filha mostram a realização do sonho de formar uma família, mesmo com longos períodos de espera. O processo de adoção, que inclui cursos preparatórios e avaliações técnicas, pode levar anos, dependendo do perfil desejado.
Text: Para entrar na fila de adoção, é necessário apresentar documentos pessoais, comprovantes de renda e residência, além de participar de um curso obrigatório. O sistema prioriza o cruzamento de informações entre pretendentes e crianças disponíveis, mas a espera pode ser longa, especialmente para perfis mais específicos. A juíza Mônica Gonzaga Arnoni ressalta que, apesar das dificuldades, o processo é gratuito e aberto a qualquer pessoa maior de 18 anos, independentemente de estado civil ou condição socioeconômica. Mais detalhes podem ser encontrados no site do Tribunal de Justiça de São Paulo.