As ações da Gol (GOLL4) tiveram alta expressiva de 16,7%, chegando a R$ 1,19, após a empresa anunciar que deve sair do processo de recuperação judicial nos EUA (Chapter 11) em junho. O plano de reestruturação foi aprovado, e a companhia espera encerrar o período com US$ 900 milhões em liquidez, além de reduzir sua alavancagem financeira para 2,7 vezes até 2027. A Gol agora busca aprovação dos acionistas para um aumento de capital que pode chegar a R$ 19,25 bilhões, uma das maiores operações do tipo no país.
Em contraste, as ações da Azul (AZUL4) caíram 4,62%, cotadas a R$ 1,03, após a S&P rebaixar seu rating de crédito de CCC+ para CCC-, citando riscos de inadimplência devido à liquidez apertada. A companhia enfrenta vencimentos de dívida de R$ 730 milhões nos próximos 12 meses, além de obrigações significativas com arrendamentos e custos operacionais. A Azul, que ainda não recorreu à recuperação judicial, viu especulações sobre essa possibilidade ganharem força após prejuízo ajustado de R$ 1,82 bilhão no primeiro trimestre.
O mercado acompanha de perto os movimentos das duas aéreas, com a Gol saindo de um cenário desafiador e a Azul enfrentando crescentes pressões financeiras. Enquanto a primeira busca consolidar sua reestruturação, a segunda lida com incertezas que podem impactar sua trajetória nos próximos meses.