A abertura da novela “Vale Tudo”, exibida pela TV Globo, tornou-se icônica não apenas pela interpretação memorável de Gal Costa, mas também por condensar 119 imagens em apenas um minuto, retratando a complexidade e a diversidade do Brasil. Cada cena foi cuidadosamente selecionada para representar diferentes facetas do país, desde a bailarina Mormilla Araújo, símbolo de representatividade para jovens dançarinas, até o motoboy Edson dos Santos, que reflete as lutas e conquistas das comunidades. A direção artística destacou a intenção de mostrar o Brasil em sua totalidade, com seus sorrisos, credos e esperanças, criando uma narrativa visual que vai do exuberante ao real.
Entre os destaques está o vira-lata caramelo Juca Francisco, adotado pela psicóloga Juliana Arruda, que representa a simplicidade e a afetividade do cotidiano brasileiro. A abertura também inclui referências culturais, como o bumba meu boi do Maranhão, que simbolicamente remove uma máscara no momento em que a música pede para “mostrar a cara”. A produção foi meticulosamente planejada, com cada frame contando uma história específica, incentivando o público a descobrir novos detalhes a cada exibição.
A reportagem do Fantástico revelou os bastidores dessa criação, destacando como a equipe buscou equilibrar o lúdico e o social, culminando em um mosaico que celebra a identidade nacional. A diretora Débora Índio do Brasil explicou que a sequência foi dividida em quatro atos: o Brasil exuberante, o Brasil “exportação”, o Brasil real e, finalmente, o Brasil da esperança. A abertura, assim como a novela, permanece como um marco na televisão brasileira, unindo arte, música e representação social em um minuto de pura emoção.