A abertura da novela “Vale Tudo”, exibida pela TV Globo, tornou-se um marco não apenas pela icônica interpretação de Gal Costa, mas também por sua riqueza visual. Em apenas um minuto, 119 imagens retratam a complexidade do Brasil, desde bailarinas e motoboys até símbolos culturais como o bumba meu boi. Cada cena foi cuidadosamente selecionada para representar diferentes facetas da sociedade, como a bailarina Mormilla Araújo, que vê sua participação como um símbolo de representatividade para jovens dançarinas, e o motoboy Edson dos Santos, orgulhoso de seu trabalho e da oportunidade de mostrar a realidade das comunidades.
A produção buscou equilibrar o Brasil “exuberante” com o “real”, culminando em uma mensagem de esperança. Detalhes como um vira-lata caramelo, filmado de forma caseira com um celular, reforçam a autenticidade da narrativa. Cristiano Calvet, gerente de criação, destacou a intenção de retratar o país em sua totalidade, incluindo nuances como a máscara do boi que depois é removida, simbolizando a liberdade de “mostrar a cara”.
A diretora Débora Índio do Brasil ressaltou que a abertura foi meticulosamente planejada para revelar novas camadas de significado a cada exibição. A sequência inicia com o Brasil idealizado, passa pelo olhar estrangeiro e chega ao cotidiano real, terminando com um tom otimista. A reportagem do Fantástico revelou histórias por trás das cenas, reforçando como a arte pode espelhar a diversidade e a resiliência do povo brasileiro.