A investigação revelou alegações de abuso espiritual e comportamentos controladores em uma das maiores organizações missionárias cristãs do mundo, voltada para jovens. Os relatos incluem experiências traumáticas de voluntários que participaram de programas da Youth With a Mission (YWAM), onde afirmam ter enfrentado práticas opressivas e falhas na proteção de seus membros. A organização, que treina jovens para espalhar o evangelho, declarou-se profundamente triste com as acusações e reafirmou seu compromisso com o bem-estar de todos os envolvidos.
Os testemunhos descrevem um ambiente onde práticas extremas de disciplina espiritual eram comuns, deixando muitos com sequelas emocionais. Alguns compararam a sensação a “ter um demônio dentro de si”, destacando a intensidade do sofrimento vivido. Apesar disso, a YWAM não detalhou medidas concretas para lidar com as falhas apontadas, limitando-se a expressar preocupação com os relatos.
O caso levanta questões sobre a regulamentação e a supervisão de organizações religiosas que trabalham com jovens, especialmente em contextos internacionais. Especialistas destacam a necessidade de maior transparência e mecanismos de accountability para evitar abusos. Enquanto isso, as vítimas esperam que suas vozes promovam mudanças significativas na forma como tais instituições operam.
