Na cidade de Yiwu, na província de Zhejiang, fica o maior mercado atacadista do mundo, responsável por fornecer produtos como enfeites natalinos, botões e aparelhos elétricos a consumidores globais. Com mais de 4 milhões de metros quadrados, o Yiwu International Trade City abriga milhares de fornecedores, muitos dos quais estão agora na linha de frente da guerra comercial entre EUA e China. À medida que os dois países ampliam retóricas inflamadas e ameaçam aumentar tarifas, os vendedores locais tentam reduzir sua exposição ao mercado americano, mas temem os efeitos de um choque econômico global.
Apesar de Yiwu ser um centro vital para o comércio de manufaturados baratos, a escalada das tensões comerciais ameaça desestabilizar sua economia. Os vendedores, acostumados a lidar com demandas internacionais, agora enfrentam incertezas sobre o futuro de seus negócios. A redução da dependência dos EUA é uma estratégia adotada por muitos, mas a interdependência da economia global deixa poucos imunes a possíveis reverberações.
O cenário em Yiwu reflete os desafios mais amplos enfrentados por economias dependentes do comércio exterior em meio a disputas geopolíticas. Se as tarifas e as retaliações persistirem, o impacto pode se espalhar além das fronteiras chinesas, afetando cadeias de suprimentos e consumidores em todo o mundo. Enquanto isso, os comerciantes de Yiwu seguem cautelosos, tentando se adaptar a um panorama que muda rapidamente.