O escritor e diplomata Edgard Telles Ribeiro tomou posse na Academia Brasileira de Letras na sexta-feira (4), ocupando a cadeira de número 27, anteriormente do poeta Antonio Cícero. A cerimônia seguiu as tradições da Academia, com a entrega do colar, diploma e espada, além de um discurso de boas-vindas do escritor Ruy Castro e a presença do ministro das Relações Exteriores. Ribeiro, autor de quinze livros publicados internacionalmente, destacou em seu discurso a importância de defender a diversidade cultural em uma era dominada pela inteligência artificial.
Com uma carreira diplomática de 48 anos, Ribeiro dedicou grande parte de sua trajetória à promoção da cultura. Seu livro “O Punho e a Renda”, elogiado por retratar os bastidores do Itamaraty durante a ditadura militar, foi destacado como uma de suas obras mais relevantes. Personalidades como Merval Pereira e Gilberto Gil ressaltaram sua contribuição para a cultura brasileira e o valor que ele agregará à Academia.
Em meio aos avanços da inteligência artificial, Ribeiro alertou para os possíveis efeitos adversos dessa tecnologia na proteção da diversidade cultural. Sua posse simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória literária, mas também um compromisso com a preservação da memória e do patrimônio cultural do país. A Academia ganha um novo imortal cuja voz reforça a importância da cultura em tempos de transformação tecnológica.