Desde o início do seu segundo mandato, o governo dos Estados Unidos sinalizou a intenção de deflagrar uma guerra comercial, com tarifas que variam entre 10% e 50% para produtos importados de 185 países. A medida, que entrou em vigor em 2 de abril, visa reduzir o déficit comercial norte-americano e realocar empregos para a indústria local, mas também é vista como uma estratégia política para mobilizar a base eleitoral. Países como China, União Europeia e Brasil foram diretamente impactados, com Pequim respondendo com tarifas recíprocas e acionando a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Os mercados financeiros reagiram imediatamente, com quedas significativas nos principais índices globais e aumento da volatilidade. Analistas destacam preocupações com a desaceleração econômica, inflação e possíveis rupturas nas cadeias de suprimentos. Enquanto isso, países afetados buscam alternativas, como acordos bilaterais e retaliações, ampliando a incerteza sobre o futuro do comércio internacional.
Especialistas alertam que o conflito pode se prolongar, com riscos de recessão global e rearranjos nas relações comerciais. A medida pode ainda pressionar mercados regionais, como o sul-americano, com um possível aumento de importações devido ao redirecionamento de produtos antes destinados aos EUA. O cenário sugere meses de turbulência até que um novo equilíbrio seja estabelecido.