Executivos e investidores de Wall Street comparam o clima atual ao da crise financeira de 2008, após o anúncio de novas tarifas pelo governo americano. Muitos relembram o colapso de grandes instituições financeiras naquela época, mas destacam uma diferença crucial: a expectativa de um resgate governamental é menor agora. Fundos de hedge e bancos reduziram exposições de risco, antecipando volatilidade, enquanto traders monitoram de perto as reações globais, especialmente da China.
A incerteza dominou o fim de semana, com executivos cancelando planos pessoais para avaliar os impactos das medidas. Empresas buscaram orientação de bancos de investimento, que, no entanto, evitaram previsões concretas devido ao cenário imprevisível. Enquanto alguns alívios pontuais foram observados—como a ausência de falhas técnicas no mercado após o anúncio—, preocupações persistem sobre possíveis recessões e quedas nos lucros corporativos.
O mercado de IPOs já sente os efeitos, com adiamentos de grandes ofertas públicas, como as da Klarna e StubHub. Investidores em private equity também temem dificuldades para captar recursos em meio à desaceleração econômica e tensões comerciais. Ainda não está claro se acordos bilaterais poderão amenizar as tarifas, mas a avaliação geral é de que o pior pode estar por vir se a incerteza persistir.