Líderes de Wall Street expressaram preocupações sobre as recentes tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, destacando possíveis consequências negativas para a economia global. Em sua carta anual aos acionistas, o presidente-executivo do JPMorgan Chase alertou que as medidas poderiam desacelerar o crescimento, aumentar a inflação e até mesmo levar a uma recessão. Além disso, ele mencionou o risco de retaliações de outros países, o que poderia afetar a confiança econômica, os investimentos e o valor do dólar.
A tensão aumentou após um gestor de fundos comparar as tarifas a um “inverno nuclear econômico”, argumentando que elas poderiam prejudicar os gastos dos consumidores e a reputação dos EUA no longo prazo. Economistas do JPMorgan elevaram a probabilidade de recessão global e nos EUA para 60%, citando as barreiras comerciais como um fator-chave. Enquanto isso, os mercados asiáticos já reagiram negativamente, com quedas significativas nas bolsas de valores.
A incerteza também se reflete nas expectativas sobre as taxas de juros e no cenário de “aterrissagem suave” da economia americana. Com os preços de ativos ainda elevados, apesar da recente volatilidade, há dúvidas sobre se o mercado está precificando adequadamente os riscos. O texto enfatiza a necessidade de resolução rápida do impasse, já que os efeitos negativos tendem a se acumular com o tempo, tornando-se mais difíceis de reverter.