O dólar encerrou 2024 com alta de 27% frente ao real, mas recuou 7,65% no primeiro trimestre de 2025, marcado por volatilidade e incertezas. Fatores como a política tarifária de Donald Trump e preocupações com o cenário fiscal brasileiro têm levado empresas a buscar proteção por meio de operações de hedge cambial. No Ouribank, o volume dessas operações saltou 352% em janeiro e fevereiro, com projeção de quadruplicar em relação a 2024, refletindo a necessidade de previsibilidade em um mercado instável.
Entre os instrumentos mais utilizados, o Non-Deliverable Forward (NDF) representa 70% do volume, enquanto travas de câmbio correspondem a 30%. Especialistas destacam que o hedge é essencial para empresas, especialmente as que importam, pois ajuda a evitar repasses inflacionários e garante estabilidade nos preços. Commodities, por exemplo, têm impacto imediato com variações cambiais, reforçando a importância da proteção.
A expectativa é que a demanda por hedge continue forte em 2025, impulsionada pela volatilidade do dólar e pelas incertezas políticas, incluindo as eleições de 2026. O cenário global e doméstico mantém as empresas em alerta, buscando estratégias para mitigar riscos e garantir competitividade no mercado.