Em entrevista ao portal britânico UnHerd, o vice-presidente americano criticou a dependência europeia nos Estados Unidos nas áreas de segurança e comércio, afirmando que o continente não deve ser um “vassalo permanente” do país. Ele destacou que, embora a Europa seja um aliado importante, a infraestrutura de segurança do bloco tem sido subsidiada pelos EUA há décadas, o que não seria benéfico para nenhum dos lados. O vice-presidente também ressaltou que apenas França, Reino Unido e Polônia possuem exércitos capazes de oferecer uma defesa adequada.
Durante a entrevista, o vice-presidente expressou apreço pela Europa, mas reiterou a necessidade de os países europeus assumirem maior responsabilidade em sua própria segurança. Ele defendeu uma aliança mais equilibrada, em que as decisões não sejam unilateralmente influenciadas pelos EUA. Essa não é a primeira vez que o governo americano questiona o papel da Europa na Otan, já que o presidente também já sugeriu que o bloco deve priorizar sua autonomia defensiva.
Além das críticas à dependência militar, o vice-presidente já havia acusado, em discurso anterior, a Europa de restringir a liberdade de expressão e de não enfrentar adequadamente a imigração. As declarações refletem uma postura que busca redefinir as relações transatlânticas, pressionando os europeus a assumirem mais custos e responsabilidades em sua própria defesa e políticas comerciais.