Um vereador de Sorocaba protocolou um requerimento pedindo o cancelamento imediato do contrato entre a prefeitura e o Instituto de Atenção à Saúde e Educação (IASE). O parlamentar destacou que mais de R$ 100 milhões já foram destinados à entidade, incluindo R$ 62 milhões entre 2022 e 2024 e R$ 38 milhões em um contrato vigente até março de 2025. O pedido ocorre após a Operação Copia e Cola, da Polícia Federal, que investiga supostas fraudes em contratos de saúde pública e lavagem de dinheiro.
Durante a operação, agentes apreenderam grandes quantias em dinheiro, armas e um veículo de luxo em endereços ligados aos investigados. O inquérito aponta indícios de irregularidades na contratação de organizações sociais para gerir unidades de saúde em Sorocaba, incluindo suspeitas sobre a antiga Aceni, que agora atua sob o nome de IASE. O Tribunal de Contas do Estado já havia identificado que a mesma estrutura jurídica continua responsável pela gestão, mesmo após a mudança de CNPJ.
A prefeitura afirmou que colabora com as investigações, enquanto a defesa do prefeito criticou as buscas realizadas pela PF, classificando-as como desnecessárias e abusivas. O caso será debatido na próxima sessão da Câmara Municipal, com o vereador enfatizando a necessidade de transparência e eficiência na gestão pública de saúde. A operação ocorre em um momento de crescente projeção política do prefeito, que aparece em pesquisas para cargos estaduais e nacionais.