A capital da China enfrentou ventos excepcionalmente fortes neste fim de semana, com rajadas comparáveis a tufões, provocando quedas de árvores, cancelamento de voos e o fechamento de pontos turísticos. As tempestades, impulsionadas por um vórtice frio vindo da Mongólia, trouxeram nevascas tardias e granizo em algumas regiões, além de reduzirem drasticamente as temperaturas. A agência estatal Xinhua alertou para ventos de até 150 km/h, levando Pequim a emitir seu segundo maior alerta de vendaval em uma década, com recomendações para que os 22 milhões de habitantes evitassem viagens não essenciais.
Os impactos foram significativos: mais de 700 árvores caíram, e quase 700 voos foram cancelados nos aeroportos da cidade. Nas redes sociais, muitos manifestaram preocupação com trabalhadores essenciais, como entregadores de comida, que precisaram enfrentar as condições adversas. Um morador local relatou que, apesar dos transtornos, a situação não chegou a impedir totalmente a circulação, mas afetou o cotidiano. Além disso, uma meia maratona programada para domingo foi adiada devido aos ventos intensos.
Tempestades de areia, comuns na primavera, agravaram a situação, afetando o tráfego em oito províncias e chegando até Xangai. Especialistas atribuem a intensificação desses fenômenos às mudanças climáticas, que têm tornado eventos meteorológicos mais extremos. As autoridades continuam monitorando a situação, enquanto os moradores se adaptam aos desafios impostos pelo clima severo.