O presidente venezuelano afirmou, sem apresentar provas, que seu governo desarmou um complô para culpar as forças de segurança do país por um suposto ataque a uma plataforma da Exxon Mobil em águas disputadas com a Guiana. Durante seu programa televisivo, ele alegou que estavam planejando um “falso ataque” contra a estrutura operada pela empresa americana, que atua com permissão guianense. A região é alvo de uma longa disputa territorial entre os dois países, intensificada recentemente por declarações de autoridades de ambos os lados.
A vice-presidente venezuelana reiterou que o território de Essequibo pertence à Venezuela, acusando a Guiana de roubar recursos e prometendo uma resposta firme a qualquer agressão. Enquanto isso, o presidente guianense expressou satisfação com o apoio dos Estados Unidos para garantir a soberania do país, após discussões sobre as ameaças vindas da Venezuela. O secretário de Estado americano havia alertado previamente sobre consequências graves caso ocorresse um ataque venezuelano à Guiana ou à Exxon Mobil.
A disputa pelo Essequibo, uma região rica em recursos, remonta ao século XIX, quando a área era parte de uma colônia britânica. Atualmente, o caso está sob análise do Tribunal Internacional de Justiça, embora a Venezuela não reconheça sua jurisdição. A Guiana mantém controle sobre o território e rejeita qualquer tentativa de anexação. O conflito continua a gerar tensões, com ambos os países reforçando suas posições diante da comunidade internacional.