A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou um decreto de emergência econômica proposto pelo governo, em resposta às sanções e tarifas impostas pelos Estados Unidos. A medida, assinada pelo presidente, permite a implementação de ações para estimular o crescimento, conter a inflação e atrair investidores, além de suspender impostos e estabelecer mecanismos de substituição de importações. A vice-presidente afirmou que o objetivo é proteger a produção nacional, já que as sanções americanas afetaram a economia, embora a produção de petróleo e gás continue, apesar da queda nos preços.
O governo dos EUA determinou que empresas petrolíferas americanas e europeias encerrem operações na Venezuela até 27 de maio, incluindo grandes companhias como Chevron, Eni e Repsol. Analistas alertam que essas medidas podem reduzir o fluxo de receitas do petróleo, impactando o câmbio e os preços no país. Autoridades venezuelanas classificaram as sanções como uma “guerra econômica” e destacaram a resiliência da economia, embora reconheçam desafios causados pelas restrições internacionais.
Esta não é a primeira vez que o governo declara emergência econômica devido a sanções. Em 2016, um decreto semelhante foi estendido até 2021, citando os impactos das medidas americanas. O novo decreto será analisado pela Suprema Corte do país, enquanto a Venezuela busca alternativas para mitigar os efeitos das restrições internacionais em sua economia já fragilizada.