O Vaticano se prepara para o conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco, marcado para ocorrer entre 6 e 11 de maio, após o funeral do pontífice no sábado (26). O processo, envolto em tradição e sigilo, reúne cardeais de todo o mundo na Capela Sistina, onde ficam isolados do exterior até alcançarem um consenso. Ao contrário de representações dramatizadas, como no filme “Conclave”, especialistas destacam que a eleição é guiada por orações e reflexões, embora admitam que manobras políticas ocasionais possam ocorrer.
O cardeal Sean O’Malley, que participou do conclave de 2013, enfatizou a solenidade do processo, destacando a influência espiritual atribuída ao Espírito Santo. No entanto, o próprio papa Francisco revelou em entrevista que houve tentativas de manipulação em eleições passadas, como no caso de Bento XVI. Desta vez, não há um favorito claro, mas nomes como Luis Antonio Tagle e Pietro Parolin surgem como possíveis candidatos, segundo casas de apostas.
Enquanto o Vaticano se despede de Francisco, cujo corpo está exposto para homenagens na Basílica de São Pedro, o interesse pelo conclave cresce globalmente. O filme “Conclave”, baseado em um livro de Robert Harris, retrata jogos de poder, mas especialistas ressaltam que a realidade é menos espetacular. Ainda assim, o evento mantém seu caráter único, combinando tradição religiosa e um processo que captura a atenção do mundo.