O Vaticano anunciou que o conclave para escolher o sucessor do Papa Francisco começará em 7 de maio, com a participação de cardeais de 71 países – o mais internacional já realizado. A Capela Sistina, cenário da votação, foi fechada nesta segunda-feira (28) para preparativos, enquanto cardeais debateram temas como o papel da Igreja no mundo contemporâneo, o diálogo inter-religioso e as qualidades esperadas do novo pontífice. O cardeal salvadorenho Gregorio Rosa Chavez destacou que o próximo papa deve seguir a inspiração de Francisco, com “a mesma visão e os mesmos sonhos”.
A eleição ocorre em um momento de expectativa e divergências, com diferentes correntes dentro da Igreja buscando influenciar a escolha. Enquanto alguns defendem a continuidade das reformas, outros desejam uma mudança de rumo. A política externa também entra em cena, com relatos de que líderes como o presidente da França, Emmanuel Macron, estariam tentando evitar a eleição de um nome mais conservador. O aumento da representação global, comparado aos 48 países do último conclave, reflete a crescente diversidade da Igreja Católica.
Nos próximos dias, a atenção se voltará à Capela Sistina, onde os cardeais eleitores ficarão isolados até a decisão final. A tradicional expressão latina “Extra omnes” (“Todos fora”) marcará o início do processo, que promete ser histórico tanto pela pluralidade de vozes quanto pelos desafios que aguardam o próximo líder da Igreja.