Grandes varejistas da China estão lançando iniciativas para ajudar exportadores a direcionarem suas vendas para o mercado interno, em resposta ao agravamento da guerra comercial com os Estados Unidos. A JD.com, líder em comércio eletrônico, anunciou um fundo de 200 bilhões de iuanes (US$ 27,35 bilhões) para comprar produtos de empresas exportadoras e criar uma área exclusiva em sua plataforma. Já a Freshippo, do grupo Alibaba, está facilitando a entrada dessas empresas em sua rede, com processos simplificados e acesso à sua infraestrutura logística.
Outras redes varejistas, como CR Vanguard e Yonghui Superstores, também adotaram medidas semelhantes, prometendo agilidade na colocação de produtos nas prateleiras. Essas ações visam mitigar as perdas causadas pela redução das exportações, embora o mercado doméstico enfrente desafios como a desaceleração econômica e a intensa concorrência. As empresas destacam que a mudança de estratégia reflete a resiliência do setor diante das incertezas globais.
O contexto por trás dessas iniciativas é o aumento recente das tarifas comerciais entre China e EUA, com Pequim elevando suas taxas para 125% em retaliação aos 145% impostos por Washington. Enquanto as tensões persistem, o varejo chinês busca alternativas para sustentar a produção nacional, reforçando a importância do consumo interno como motor econômico. A situação abre debates sobre os impactos globais das guerras comerciais e as adaptações necessárias para os mercados emergentes.