Quatro das oito atividades do comércio varejista brasileiro apresentaram crescimento nas vendas em fevereiro de 2025 em comparação com janeiro, segundo dados do IBGE. O volume total de vendas avançou 0,5%, com destaque para hipermercados e supermercados (1,1%), móveis e eletrodomésticos (0,9%) e artigos farmacêuticos e de perfumaria (0,3%). No entanto, alguns setores tiveram queda, como livros e papelaria (-7,8%) e equipamentos para escritório (-4,2%). O varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, recuou 0,4%, com queda de 2,6% no segmento de automóveis.
Na comparação anual, fevereiro de 2025 mostrou um desempenho mais positivo, com crescimento de 1,5% no varejo tradicional. Cinco dos oito setores registraram alta, liderados por móveis e eletrodomésticos (9,3%) e vestuário e calçados (8,6%). O varejo ampliado teve expansão de 2,4%, impulsionado pelos segmentos de veículos (10%) e material de construção (9,7%). Por outro lado, livros e papelaria continuaram em declínio (-5,2%), assim como o atacado de alimentos e bebidas (-6,5%).
O levantamento reforça a recuperação desigual do consumo no Brasil, com setores como vestuário e móveis em alta, enquanto outros, como papelaria e tecnologia, enfrentam dificuldades. Os dados sugerem uma mudança nos padrões de gastos dos consumidores, com maior demanda por bens duráveis e itens pessoais, enquanto itens não essenciais e relacionados ao trabalho remoto perdem espaço.